segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Lua de mel nos Bálcãs - Parte III

Para chegar até a Bósnia-Herzegovina a partir da Croácia, tivemos que passar pela fronteira quatro vezes (duas na ida e duas na volta), isso porque o país possui uma pequena saída para o mar, na cidade de Neum, de no máximo 5 km, e que divide a Croácia em duas partes. Em todas as vezes tivemos nossos passaportes revistos e, em uma delas, uma policial armada entrou na van, olhando passageiro por passageiro, conferindo os rostos com as fotos. Apesar da tensão, tudo correu bem e conseguimos entrar (e também sair!) do país. 

Na Bósnia-Herzegovina, visitamos Međugorje, um centro católico de peregrinação famoso por uma das aparições de Nossa Senhora. A cidade lembra muito a paulista Aparecida do Norte: por todos os lados pôde-se perceber o quanto a fé move o comércio e o turismo do local. O mais interessante são as missas realizadas em vários idiomas, entre eles inglês, italiano e sérvio.


Saindo de lá, passamos por Mostar, um das cidades mais importantes da Bósnia-Herzegovina. Depois de Sarajevo, foi o local mais atingido durante a guerra na Bósnia, também na década de 90. No entanto, parte dela já foi reconstruída e está preparada para receber turistas, apesar de ainda encontrarmos pelas ruas algumas patrulhas da ONU.





Local muito marcado pela cultura otomana, Mostar é peculiar por conta das diversas mesquitas e igrejas cristãs ortodoxas que competem no quesito imponência e pelo comércio de artesanatos. O cartão postal da cidade é a Stari Most (Ponte Velha), ponte sobre o Rio Neretva. Construída no século XVI e localizada na parte antiga da cidade, ela foi destruída durante a guerra e sua reconstrução, em 2004, é vista pelos habitantes como um sinal de esperança para um futuro pacífico de um país dividido entre croatas, sérvios e bósnios. É muito comum encontrar garotos pedindo dinheiro aos turistas para saltarem 29 metros abaixo e mergulharem na gélida água verde-esmeralda do Neretva: um salto não sai por menos de 100 euros! 



Terminada a aventura pelos Bálcãs, partimos para a França, onde começaria a parte mais “tradicional” da nossa lua de mel. Certamente em um próximo post eu conto para vocês como foi...

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